youzz

março 31, 2009

comemorando...

minha lembrança mais remota é de quando completei 3 anos. pode parecer mentira, mas eu me lembro sim. e não tem fotos. não que não tenha fotos dos meus três anos, deve ter um monte, porque minha mãe era a rainha da máquina fotográfica.

mas voltando a minha lembrança mais antiga, foi meu aniversário de três anos. foi uma festa surpresa. a única que eu tive na vida. eu fecho os olhos e vejo aquela cena quando eu cheguei em casa e tava todo mundo lá.

foi tudo devidamente planejado entre minha mãe e minha madrinha. minha madrinha foi me buscar cedo em casa, e ela e meu padrinho me levaram pro shopping (naquela época, só tinha o Ibirapuera e acho que o Iguatemi), fizemos compras e comemos e aí eles me levaram pro apartamento deles (naquela época, eles ainda não tinham filhos) e me arrumaram com as roupinhas novas. lembro da minha madrinha apanhando pra colocar um tic-tac no meu cabelo, que era muito lisinho, não parava nada.

chegamos em casa e estavam lá todos os meus amiguinhos da rua (acho que eu ainda não tava indo pra escola), os primos e a molecada toda. me lembro nitidamente do momento que eu vi aquilo. engraçado isso né?

e não tem fotos. meu pai tinha acabado de trazer uma máquina toda révis quévis, profissa, e claro, não sabia mexer direito, todas as fotos queimaram.

o que ficou foi só o que tá na minha lembrança mesmo. e sinto que um dia isso vai sumir completamente. uma pena. mas já são quase trinta anos né?

mas fico feliz de ter isso pra contar aqui pra vcs hoje.

fico devendo uma fotinha minha dessa época. depois eu ponho aqui.

beijos e parabéns pra mim!

março 24, 2009

na minha caixa postal...

Contado pela Ferdi:

Prelúdio
* Yahabibo Pai conhece e concorda com a famosa frase e ideologia "Foda-se o mico-leão-dourado" (oi, Vera)
* Eu e Yahabibo pai estávamos em um lugar público mas Yahabibo pai não liga muito pra isso
* Segunda-feira eu dei banho na Samantha pra ficar com o carro limpo e cheiroso para as falmigas. No shopping onde eu estava só tem aquele sistema Dry Wash... é um sistema que eles 'lavam' o carro sem água...um trem para não poluir o ambiente, ecologicamente correto e que custo o zóio da cara....mas eu estava lá, não tinha alternativa e já que só tem tu, vai tu mesmo
* Todas as vezes que eu lavo o carro chove
* Ontem choveu em São Paulo como se não houvesse amanhã.

Diálogo
Eu: Tá armando a maior chuva...só porque eu lavei o carro ontem! Inferno viu! Ainda fui naquele lugar caro pra caramba que o pessoal arranca o couro da gente.

Yahabibo Pai: Bem feito, ninguém mandou ir naquele trem metido a besta

Eu: Burra mesmo...ainda mais que você sabe pra onde eu quero que o mico-leão-dourado vá

YP: Sei...e se você matar aquela bosta (o mico) não dá nem para fazer um sanduíche...se depender disso pra sobreviver é capaz de vc morrer de fome

Eu: o_O.....kkkkkkkkkkkkkkk

Ah, eu sei...mega ecologicamente incorreto mas foi boa, vá?

março 18, 2009

Tatu fugitivo

Esses dias, acho que foi no final de semana, estávamos eu, meu pai e minha mãe, fazendo alguma refeição juntos (coisa rara, nossos horários nunca batem). Não me lembro mais como surgiu o assunto...

ah, lembrei! o toque do meu celular, para as pessoas da minha familía, é uma música gravada pelo meu pai, láááá em 1967, ou algo assim, chamada Rosita´s Farm.

Fui atender, e quando voltei, meus pais falavam que alguém ia acabar me cobrando direitos autorais, conexos, or something, por estar usando a música, aí eu repsondi, mas é MEU pai que tá tocando também, tô nem aí.

Aí meu pai começou a contar a história da tal música, como chamava (pra minha mãe, porque eu já sabia...) e ele disse que era arranjo do Zé, e que inclusive ele tinha o arranjo original, com a letrinha do tal Zé, e que meu irmão queria gravar e blábláblá e aí né? mas QUAL Zé pai? heheheheehe. tem muitos Zés na sua vida.

O Zé Bicão.

Aí ele começou a contar que o filho de não sei quem, contou uma história ÓTEMA, que aconteceu com outro Zé, o Zé Alves* (será que era isso mesmo?)...

Estava o tal Zé Alves, o Antonio Arruda e mais um, que não lembro, tocando no Terraço Itália. Aí, nessa noite, uns sheiks estavam jantando por lá, e resolveram comer tatu. É, tatu mesmo, aquele bicho que mora emburacado e tem uma carapaça. E ao que parece, para esta iguaria ficar realmente saborosa, o tatu tem que ser abatido pouco antes de ir ao fogo, forno, brasa, sei lá (ai que dó gente). Vai daí, que o trio tá lá tocando, mandando bala na sonzeira e o Zé Alves, que era forte adepto de umas biritas, vê um tatu passar correndo pelo meio do salão. Lóóógico que o cara pirou né? hahahahaha. Imaginem a cena? o outro amigo, que também tinha visto o tatu passando, fez a linha, aproveitou a deixa e negou até a morte, pra ver se o amigo dava uma maneirada na manguaça: não Zé, cê tá louco, não tem tatu nenhum aqui, você tá bebendo demais!

Resolver o lance acho que não resolveu, mas meu pai disse que o Zé ficou bem umas duas semanas sem beber NADA!

* pode ser que eu tenha trocado os Zés, mas não importa, era tudo figuraça!

março 10, 2009

Contos e outras bobagens de busão

já que tá quase na hora de pegar o rumo de casa...

eu me recuso e me dou o direito de não entrar em onibus lotado. simples assim. só em casos de extrema emergência. mas no geral, me lembro sempre de uma secretária que trabalhou comigo uma época, ela já era um tantinho mais velha (engraçado que me lembro perfeitamente do rosto dela, mas do nome, pfff), a gente esperando o ônibus na Paulista, o dela veio, eu disse, lá vem o seu e ela me respondeu: não Ju, eu não entro em ônibus cheio. e eu fiquei com essa cena marcada e me miro no exemplo dela. eu hein, de aperto tô fora!

***

o cara era bem bonito. tipo másculo, rústico (ui!). claro que eu só notei isso muito tempo depois. mas pegava o onibus com ele todo dia. depois de um tempo, ele me falava bom dia, ou sorria pra mim, mas nunca conversamos. a linha mudou e nunca mais o vi. sinto falta do meu "muso do busão".

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no ponto final, vi que a perua já estava cheia (com todos os lugares ocupados, não desafiando as leis da física), resolvi esperar a próxima. a moça vem, comendo um milho assado na brasa, me pergunta: tá cheia? eu: não, mas prefiro esperar a próxima. ela: é verdade né? vou esperar também. quer milho, colega?

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na minha frente, dois rapazes conversavam animadamente, e gesticulavam muito. juro que tentei, mas não entendi nenhuma palavra do que eles diziam. era um sotaque nordestino tãããão carregado e tão rápido. credo, parecia outra língua!

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eu devo ter uma placa enorme em neon fúscia piscante bem em cima da minha cabeça, dizendo: "informações". não tem um dia que alguém não me pergunte alguma coisa na rua.

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engraçado é que as pessoas começam a falar com você animadamente e nem se ligam que eu não tô ouvindo picas né? heloooouuuu, olha aqui meu fone de ouvido, sacou? normalmente nem me dou ao trabalho de tirar o fone, só sorrio e concordo com a cabeça. blé!

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outro dia, por acaso eu tava sem os fones. dor de cabeça acho. aí, me preparando pra descer do onibus n° 1, ouço um senhor e dois garotos perguntando como faziam pra ir pro Morumbi. como lá é minha praia, acabei me intrometendo e informando, ensinando e "eu vou pegar esse onibus tb, é ali". os meninos iam participar de um teste de futsal no Morumbi. claro, estavam atrasados e perdidos (tinham saído de Diadema!), mas a ansiedade e expectativa eram quase palpáveis. me perguntavam a cada minuto se estava chegando. espero que eles tenham conseguido chegar a tempo e mais ainda, que tenham sido selecionados.

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era um gordinho simpático e falante. conversava e brincava com a cobradora numa boa. eu cheguei até a sorrir por simpatia, gosto de gente assim que se comunica em qualquer lugar. só que aí o cara resolveu apoiar o braço no encosto do banco né? virgemmariasantissimajesusjosedeusminino o que era aquilo? uma criação de gambás em estado de putrefação avançada? não dá pra classificar como um simples cecê. tive que mudar de lugar.

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o rapaz estava tão contente com as novas aquisições (provavelmente pros filhos, material escolar, tenis, essas coisas), que olhava admirado, detalhadamente pra cada item de sua compra. fiquei emocionada. imagino que não deve ter sido muito facil ele comprar tudo aquilo, e ele tava orgulhoso de ter podido, era bem visível.

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ei moço! esse pé aí, debaixo do seu, é meu tá?

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cantem comigo:

"chove lá fora e aqui
fecharo os vidruuu
a gripe vai pegar vocêêê...
aonde tá você? to no busunga...
lotado, lotado, lotadooooo!!!
tem sempre um cêcê
por pertuuuu, por pertuuuu
lástima, quero desceeeerrr"

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o cara era daqueles tipos perfeitos: cabelo lindo, cara linda, boca linda, nariz lindo, corpo, tanquinho, roupas, acessórios, sapatos, tudo perfeito. pensei até em tirar uma foto. mas quando consegui bolar o plano perfeito pra fazer isso, cadê que pego o bus com ele de novo? humpft.

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nego esquece que tá num troço se movimentando né? anda com "as asas" abertas, mexendo em bolsas e mochilas, ali, com os cotovelos prontinhos pra acertar o nariz de alguém né?

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ei! "seu" motô! vai na manha aí que é carga é viva e no meu caso, muitíssimo preciosa!

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puta que pariu esse onibus não vem, esse onibus não vem, puta que pariu... Again!

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FUI!