E no dia que eu percebi isso, percebi também que meu coração já estava entregue. E me fodi.
Foi um lance demorado, que levou muitos dias, semanas, quiçá meses, para acontecer.
Pra falar a verdade, a demora toda nunca me incomodou. Eu sempre acho que o melhor da festa é esperar por ela, e nesse quesito relacionamentos, curto bastante o processo todo de conquista.
Mas o lance é que nos observamos por muito tempo (isso depois de termos "notado" um ao outro), começamos a conversar e talz e aí rolou.
A duração nem foi tão significativa, mas a intensidade acabou sendo. Sei lá. Não consigo explicar. Talvez tenha sido culpa daqueles olhos verdes. E um pouquinho daquele sorriso de criança.
Mas não durou, não firmou. Era bom, não era ótimo, mas poderia ter sido. E isso nunca vou saber.
A verdade é que ele mexeu muito comigo e não deu para evitar me machucar, sofrer e lamber feridas que o tempo curou.
Agora, rolam as inevitáveis cicatrizes (que se juntaram a uma antiga coleção), mas acho que já aprendi a lidar com elas.
Ou não.
3 comentários:
Jubs,
Eu ponho as cicatrizes, rugas e cabelos brancos na mesma categoria que "polianamente" chamo de "sinais do que eu vivi" e cuido deles como se fossem meus troféus. Afinal, sobrevivi.
Beijos
Que lindo, Ju. :ó)
Ju, querida, a gente sobrevive sempre, o que não pode é não viver o que dá vontade. Se joga sempre, a vida é feita mesmo de coleção de cicatrizes. Bjo.
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