youzz

dezembro 28, 2008

Thank You

Eu não tenho o hábito de escrever ou encaminhar alguma mensagem de final de ano, acabo sempre respondendo o que recebo, mas não é algo muito confortável e fácil pra mim. Não estou escrevendo isso como uma obrigação, mas me bateu a vontade e venho aqui, para dedicar e agradecer à todas as pessoas que fizeram diferença, de alguma forma, na minha vida, neste ano que passou. Por mais que as coisas ainda não estejam exatamente como eu gostaria que estivessem, e o ano não tenha sido nem de perto o que eu esperava que fosse, tenho muitas coisas (e principalmente muitas PESSOAS) as quais agradecer. E é para essas pessoas e coisas que dedico a música do Led Zeppelin e o vídeo com a versão feita pelo Chris Cornell. Obrigada a todos, sou muito feliz por ter vocês na minha vida. E cada um sabe de quem estou falando.

Thank You
Led Zeppelin (Page/Plant)

If the sun refused to shine,
I would still be loving you.
When mountains crumble to the sea,
there will still be you and me.
Kind woman, I give you my all,
Kind woman, nothing more.
Little drops of rain whisper of the pain,
tears of loves lost in the days gone by.
My love is strong, with you there is no wrong,
together we shall go until we die.
My, my, my.
An inspiration is what you are to me,
inspiration, look... see.
And so today, my world it smiles,
your hand in mine,
we walk the miles,
Thanks to you it will be done,
for you to me are the only one.
Happiness, no more be sad, happiness....
I'm glad.
If the sun refused to shine,
I would still be loving you.
When mountains crumble to the sea,
there will still be you and me.

dezembro 19, 2008

She talks to angels

Eu já dediquei essa musica à ela, ano passado, então, não colocarei nem música nem video nem nada aqui, ela sabe do que estou falando.


Ela sabe (mas sempre diz que não, não aceita e todas essas bobiças de sempre) que ela é uma pessoa incrível, inteligentíssima, genial, um assombro, que deixa todo mundo de boca aberta. E além de tudo, que é linda linda linda, e das pessoas que mais amo nesse mundo.


Posso ficar horas e horas conversando (por telefone, msn, ao vivo), me esbudegando de rir ou tendo os papos mais loucos (ela diria 'muito loucos da pesada') e muitas vezes, eu me metendo na vida dela descaradamente, que nunca é suficiente, sempre termino achando que quero mais. A solução está na minha cabeça há tempos, precisamos morar juntas ou pelo menos, na mesma rua, e só assim essa sensação deverá passar. Quem sabe em breve né maninha?


Mas enfim, Inara, minha querida irmã do coração, amo você, desejo que sua vida seja sempre celebrada, festejada, como você merece, e que todos os seus sonhos se realizem completamente, quando você quiier. Acredite em você! Eu acredito e tenho certeza que você vai dar um jeito na nossa vida, nao esquece! HAHAHAHAHHAHAHA


E agora vamos parar com essa viadági né? Norris ni nóis!!!


dezembro 17, 2008

"minhas" coisas

Demoliram minha casinha...

é, demoliram. todinha. e agora estão construindo uma casa feia e cinza no lugar. a minha casinha não era bem minha, claro, mas era minha, sabem? eu passo por ela todo dia, e aí eu a tomei como minha. ela tinha um jardinzinho como sempre pedi pra minha mãe ("mãe, quero uma casa com jardim, e com balanço!"), tinha paredes alaranjadas, e as grades e janelas azuis. e umas flores bonitinhas, uma cara de casa de vó. agora não tem mais nada, só uns tijolos de concreto, que vão formar alguma coisa feia e tosca, sem a menor graça.

Levaram meu cachorro embora...

ele é o cachorro mais lindo do mundo. o vira-lata mais vira-lata dos vira-latas do mundo. ele tem barbicha, um pelo meio arrepiado e duro, preto, com um ou outro fio branco, dando um ar charmosérrimo, a la Richard Gere. e ele tem um olho preto, o outro azul. Ele não era meu, mas era meu, sacam? ele ficava muito feliz ao me ver, e ia me acompanhando até o ponto de ônibus todos os dias, pulando e mordiscando a minha mão ou meu cotovelo. Ele agora está numa casa e tem uma família legal, mas era o MEU cachorro e eu morro de saudades dele. todo dia.



O brinco de madrepérola...

é da minha mãe, mas é meu. tem muitas coisas da minha mãe que são "minhas" (e ela quer morrer quando digo isso) ou como diz a filha da Suzi: "Mãe, aqui em casa tem as coisas que são 'minhas' e as coisas que são 'nossas' ", não é genial? minha mãe não acha, não sei por que. ela até me empresta uma ou outra coisa, mas o brinco de madrepérola, com um desenho oriental lindíssimo, eu nunca tive coragem. nem é uma jóia cara, valiosa. acho até que ela me emprestaria na boa, mas nao sei.... ele é meu, mas é da minha mãe. e talvez ele seja meu um dia, e aí eu vou ter coragem de usar mesmo. por enquanto ele é meu, mas não é.

dezembro 10, 2008

Sobre cheiros e lembranças

Eu sou muito crica com cheiro. Meu nariz é suuuper sensível e sou cheia das alergias e coceiras e rinites. Daí que às vezes o cheiro pode ser mega bom e o nariz apita, funga, esguicha e manda alerta pra cabeça começar a doer na hora.

Eu sou de todos os cheiros, desde que não sejam exagerados. Eles sendo naturais, aí beleza. (cheiros bons, por supuesto)

Gosto do cheiro antes da chuva, como a Nenéia. Depois da chuva, aquele cheiro de terra molhada. De grama sendo cortada. De jasmim. Sou clichê mesmo e daí? Mais alguém disse isso, mas não lembro.

Aquele cheiro de praia, que é meio uma mistura de cheiro de vento, areia, água salgada, algas, peixe, sei lá. E praia pra mim tem cheiro de mate gelado com limão, biscoito Globo e picolé de uva na hora de ir embora (minha primeira referência de praia é o Rio de Janeiro, só fui conhecer outras praias quando já era adulta).

Cheiro de café! Cara, eu AMO cheiro de café. Eu não tomava café até outro dia, sério, mas sempre pirei no cheiro de café. Se misturar com leite, aí o cheiro me entorta a cara e eu detesto... credo! Mas o café puro, recém coado, aquele cheiro que fica na casa... aiai... Assim como cheiro de bolo assando.

E, momento freak, adoro o bafinho de cachorrinhos nenéns, que acabaram de mamar e tem aquele azedinho do leite. O chulézinho das micro patinhas também.

A minha vó Inhá tinha cheiro de um creme da Johnson, um rosinha, não era de nenê. Acho que não existe mais. Mas é o cheiro dela. Cheiros de comida também muitas vezes me levam a ela. Aquela carninha moída, refogada com muita salsinha e azeitona verde picada, que ela recheava seus famosos pastéis, cheiro de quibe, do biscoito de polvilho e do outro “moreninho” que ela fritava.

Meu avô Carlos, ele tinha um cheiro meio de remédio (eu me lembro muito pouco dele), meio de cola de sapateiro, Iodex, sei lá, mas tinha cheiro de pele morena, e aquele cabelo beeem penteadinho.

Meu tio Nilson, meu grande Mestre Noslin, que hoje faz aniversário, tem cheiro de Leite de Rosas e cachimbo! Cachimbo é total o cheiro do meu tio. Onde tem cheiro de cachimbo, eu procuro ele.

Meu pai tem um cheiro quando ele sai, que é só dele, é um perfume que ele tem há milênios, e só usa em ocasiões MUITO especiais, todo arrumadinho. Pra outras nem tão especiais assim, tem o Farenheit. No geral, em casa, ele tem cheiro de banho, de creme de barbear e uma coisa lá no fundinho, de óleo de trompete.

Agora o cheiro de sair da minha mãe é o Cacharel, aliás, o cheiro de ir em casamento. Pra sair ela tem milhares de perfumes, que ela ama. E todo dia tem 327 cremes, para cada partezinha do corpo, e cada um tem seu cheiro. E mistura tudo, e é bom.

A vó Ruth tem cheiro de velhinha, daquelas beeeem velhinhas. A minha irmã, tem cheiro de bebê, de colônia de bebê, e eu zuava que ela tinha cheiro de fralda (limpa, claro). Meu irmão tem cheiro de irmãozão, cheiro de homem cheiroso sabe? Meu cunhado também. A cunhada tem cheiros variados, normalmente Victoria Secrets. Meus sobrinhos têm cheiro de molecagem, de bagunça e delicia. Adoro cafungar o cangote deles.

As falmigas têm cheiros variados, cada uma o seu próprio, e ainda to trabalhando nisso. Meu nariz ainda tá catalogando, sabem? Hehehehe

Tem um cheiro, que é incrível, que eu tenho o vidrinho guardado lá em casa. É uma colônia de Cassis, da L’occitane, que infelizmente saiu de linha. Eu perseguia minha amiga quando ela tava com esse perfume, até que ela me deu o restinho do restinho do restinho, num micro vidrinho. È o cheiro mais delicioso e de vez em quando ou vou lá cheirar o vidrinho. Pena que não existe mais. Era o cheiro que eu queria que fosse meu cheiro pra sempre. Um dia eu acho. Ou mando fazer.

dezembro 03, 2008

Marcado no DNA

É uma coisa louca esse lance de DNA, não é mesmo? Algumas pessoas herdam o nariz do pai, a sobrancelha do avô, os cabelos da tia, entre mil outras coisas que sabemos que se passa hereditariamente. Tudo cientificamente provado.

Mas o que dizer sobre talentos passados de pai (ou mãe) pra filhos? Será que o DNA explica?

Sabemos de muitos casos de famílias inteiras de médicos, advogados, engenheiros e tudo mais. Algumas vezes é apenas para seguir uma tradição familiar e isso pode não ser assim tão bom. Mas em muitos casos mesmo, o talento (e claro, o conhecimento) acaba passando de uma geração para outra.

A minha família é um bom exemplo disso. Para quem ainda não sabe, eu nasci em uma família de músicos. E antes que alguém pergunte, não, eu não toco nada. Esse talento eu não herdei. Mas muitos membros da minha família herdaram e muito bem herdado!

Eu não sei exatamente onde isso começou, mas até onde eu sei, meus bisavós tocavam no cinema mudo. Pois então, meu bisavô tinha uma orquestra, dessas de baile, sabe? Então, e aí meu avô começou a tocar com ele. E depois, meu avô teve sua própria orquestra e nela todos os filhos dele tocavam alguma coisa. Homens e mulheres. Muitos bailes e apresentações por todo o Brasil. Meu pai começou a tocar profissionalmente nesta orquestra aos 14 anos. Trompete, porque era o que meu avô precisava. Meus outros tios tocam saxofone e bateria (inclusive esse meu tio baterista é o único músico que eu conheço que sabe dançar, já que meu avô mandava ele puxar alguém pra dançar, e só assim o baile começava). Minhas tias cantavam ou tocavam piano.

Depois desses bons anos (e muitas histórias, ótimas!) de viagens e excursões com a orquestra, cada um dos filhos seguiu seu rumo. Uns continuaram tocando, todos os homens são músicos profissionais, e as mulheres casaram, tiveram filhos e seguiram a vida.

Meu pai seguiu carreira, principalmente depois te terem se mudado para São Paulo, e viveu o auge da música no Brasil, tocando em vários lugares famosos da noite de São Paulo e tocando com músicos famosos que vinham para cá, fazendo shows e viajando pelo mundo. Tocou 17 anos com o Roberto Carlos e isso lhe deu oportunidade de conhecer boa parte do mundo, e também de ter recursos para estudar mais e criar sua família.


Meu pai, tocando com o Dizzy Gillespie

Sim, ser músico no Brasil não é nada fácil e a maioria dos bons músicos de todos os tempos precisa fazer todo e qualquer tipo de trabalho.

Hoje em dia meu pai abriu mão de tocar por aí, e dá aulas em casa, passando seu conhecimento para os outros, como deve ser.

Seu maior pupilo (e ouso dizer, orgulho) é meu irmão, que hoje toca por aí, emociona e transborda talento onde quer que vá. Ainda ouso dizer que ele é um dos músicos mais talentosos e preparados que está atuando. Algumas pessoas dizem que o trompete dele é mágico!(não sou puxa-saco, é verdade, perguntem por aí)


Soundscape Big Band Jazz, que tem 3 Alcantaras na sua formação

Meus tios ainda tocam ou dão aula, e tenho alguns primos também que estão aí na ativa e tocando muito bem. Quando se fala em Alcântara e o cara é músico, pode ter certeza que você vai ouvir música bem tocada.

E para dar continuidade a essa veia musical hereditária, o filho de um dos meus primos (que toca saxofone), já está estudando há uns dois ou três anos e já toca bem, tem futuro. Resolveu tocar trompete. E a história se repete.

Texto originalmente publicado no Gaiola de Tuins, que não existe mais.

dezembro 02, 2008

até qualquer dia, meu amigo...

O último por-do-sol
Lenine

A onda ainda quebra na praia,
espumas se misturam com o vento.
No dia em que você foi embora, eu fiquei
sentindo saudades do que não foi
lembrando até do que não vivi, pensando em nós dois
Eu lembro a concha em seu ouvido,
trazendo o barulho do mar na areia.
No dia em que você foi embora,
eu fiquei sozinho olhando o sol morrer
por entre as ruínas de Santa Cruz lembrando nós dois
Os edifícios abandonados,
as estradas sem ninguém,
óleo queimado, as vigas na areia,
a lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos,
por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas
Pois no dia em que você foi embora, eu fiquei
sozinho no mundo, sem ter ninguém,
o ultimo homem no dia em que o sol morreu

... tenho certeza que a gente ainda vai se encontrar de novo.

dezembro 01, 2008

tristezas e alegrias

infelizmente, meu amigo Regis não resistiu e faleceu ontem pela manhã. Estou absurdamente triste, faltando muitos pedaços. Mas prometo que escreverei sobre ele, uma coisa que tá aqui rondando minha cabeça. Mas não vai dar pra ser hoje. Agradeço a todos que rezaram por ele e peço que continuem rezando pela familia.

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a coisa boa é que minha querida Fal está de coluna nova, Palavras da Fal, no IG. Terá coisa nova três vezes por semana. Não perca!

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eu vou dar um tempinho por aí.... mas volto. e vou retribuir tão carinhosas visitas e comentários, ok? prometo!